O cabelo loiro está de volta e, de muitas maneiras - pela primeira
vez em anos - Slim Shady verdadeiramente está também. Na nova edição da Rolling
Stone (nas bancas sexta-feira nos EUA), o escritor sênior Brian Hiatt faz
Eminem refletir sobre sua sobriedade e uma vida inteira dedicada ao hip-hop de
uma forma mais franca do que nunca.
"Eu estou tão feliz quanto eu posso estar, eu acho", Em revela,
depois dizendo a Hiatt, "O hip-hop salvou minha vida, cara. É a única
coisa em que eu já fui decente. Eu não sei como fazer mais nada. Eu acho que
eles têm uma palavra pra isso - O que eles chamam? Idiota prodígio?"
Eminem ressalta que estava sendo intencionalmente desatento quando apareceu ao
lado de Brent Musburger na ESPN em setembro. Na verdade, ele estava canalizando
os Beastie Boys. "Eu sabia que estávamos prestes a mostrar o vídeo de
'Berzerk', então eu estava fazendo o que eu chamo de 'cara Berzerk'", ele
disse. "A música inteira para mim parece antigo Beastie Boys. E você sabe,
o vídeo 'Pass The Mic' onde o Ad-Rock está fazendo essa cara, meio que não olhando
para câmera? Eu estava fazendo minha própria versão."
Em também admite que nem sempre entendia as reviravoltas artísticas dos
Beasties. "Quando Paul's Boutique saiu, eu fui um dos fãs que
não entendeu", ele disse. "Levei anos para perceber quão genial era.
Me senti mal por não ter me ligado nisso."
"Obviamente, sim, havia algo sobre Lincensed To Ill - você tinha
os samples do Zeppelin e a vibe deles. Você tinha o Run-DMC, que era tão legal,
com a atitude de 'Vai se foder se você não gosta da gente'. O mesmo com os
Beastie Boys. 'Vai se foder. A gente xinga pra caralho. Nós cuspimos cerveja.
Nós jogamos isso na porra dos nossos fãs.' E obviamente, conforme eles ficaram
mais velhos, seus pontos de vista e as coisas mudaram, como a de todos nós.
Você pode ficar bravo com a parada deles por não soar como a última parada
deles, mas se soar, então eles não cresceram como artistas. O mesmo
comigo."
A nostalgia de Eminem pelos álbuns clássicos do hip-hop moldaram The
Marshall Mathers LP 2, seu novo álbum já platinado, que vendeu surpreendentes
792 mil cópias na semana passada. Mas ele ressalta que seu olhar para o passado
não foi puramente mecânico.
"Sendo um estudante do hip-hop em geral, você pega aspectos técnicos dos
lugares", ele disse. "Você pode pegar um padrão de rima ou flow do
Big Daddy Kane ou Kool G Rap. Mas então você vai ao Tupac, e ele fazia canções.
Suas porras de canções sentiam alguma coisa - 'Puta merda! Eu quero socar
alguém na cara quando eu colocar esse CD.' Biggie contava histórias. Eu
queria fazer toda essa merda."
Esta edição da Rolling Stone será disponibilizada na App Store do iTunes na
sexta-feira, 22 de novembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário