quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Entrevista do Eminem para a BBC Radio 1 (Parte 1/4) [TRADUZIDA]



Bem vindo de volta a Radio 1, parte do motivo de estarmos aqui é por causa da BBC mas também porque temos o estúdio 3 aqui do lado e você montou a banda ali. Vai cantar umas músicas hoje que é muito exitante.
Muito, estou muito feliz de estar aqui. Eu estava pensando como ultrapassar a publicidade que fizeram para Kanye West e decidi que iria entrar, fazer xixi no chão e sair. Estou fazendo agora.

A diferença é que desta vez eu estou preparado. Eu vi você performar na outra noite na noite do EMA, te vi com o microfone, eu acho que eu nunca vi você tão vivo em uma performance, cheio de energia.
Sério? isso é legal obrigado.

Ao vivo, com a banda ali atrás parece que ganha mais vida. Você sente assim?
Acho que performar ficou mais diferente. Ficou melhor com a banda. Porque há mais elementos ali, e estar em um show ao vivo, te dá mais possibilidades sabe? Há coisas que você pode fazer com suas mãos. É muito bom, é diferente e eu acho que é melhor.

E apresentar "Rap God" também acho que coloca tudo sob perspectiva, quando você escreveu ela-
Eu não escrevi foi um freestyle

Freestyle! Absolutamente ridículo.
Obrigado cara.

Não quero dizer, a música é ridícula, não faz sentido nenhum.
Obrigado

Quando você faz a performance ao vivo, no final, parece ser um desafio para todo mundo tipo 'wow cara é muita rima para passar' e são 6 minutos sem parar.
É, na outra noite eu não acho que fizemos a música inteira, foi só um pedacinho

Você cortaria para fazer uma versão menor?
Eu não sei, eu nem cogitei a ideia de pensar nisso ainda, essa é uma boa corrente de consciência ou inconsciência

é o que você estava fazendo antes também quando entrou.

Sim. Uma boa corrente de consciência correndo pela minha perna.

De nada.

Tudo bem cara.

O álbum saiu e foi bem recebido por todo mundo, incluindo fãs, críticos pelo mundo, porque, em minha opinião ouvi-lo agora, é a combinação perfeita do veneno, do perigo que existia no primeiro álbum, mas também com aquilo que você passou e aprendeu durante seus últimos 5-6 anos. É uma combinação dessas duas coisas. É isso que você pensou, um crescimento mas também voltar atrás.
É crescer e descer. É eu acho que algumas coisas, tópicos e coisas assim, são revista neste álbum, mas ao mesmo tempo parece ser um álbum de versão 2013. Todos os meus álbuns, praticamente dizem, onde estou o período que estou [vivendo]. Então este é tipo... tem muita reflexão. E coisas assim, de volta as coisas que estavam acontecendo naquela época e é tipo eu refletindo sobre isso e chegando ao ponto que estou hoje.

Chegar a certos pontos e encarar algumas coisas de uma vez por todas, você sente que esse álbum permite você fazer isso?
Algumas coisas sim, mas a maioria eu só achei que seria divertido revisitar, aquela energia daquele álbum. Porque, começou muito cedo o processo de gravação.

Quando? quando isso aconteceu e você 'okay vamos ir por esse caminho'?
Eu não sei. Eu comecei a fazer algumas faixas e pareceu, a tonalidade, a forma das faixas meio que direcionava nesta direção. E uma vez que eu descobri qual direção eu deveria ir meio que comecei a levar tudo para esse lado. Muitas vezes, fazendo um álbum, eu nem sempre tenho a direção ou o conceito logo de cara. Sabe? As vezes ele vem no meio para o final. Saber onde estou indo com isso é apenas uma combinação de sons, depende da energia. Mas as vezes eu faço umas músicas que tipo 'que merda, onde vou por essas músicas, como vou chamá-las, para fazer sentido' sabe? Digamos Recovery ou sei la. Mas com este, eu sinto que tive uma ideia mais cedo do conceito.

Deve ter sido bom de ja ter isso na mente resolvido e apenas ajeitar para ir naquela direção.
Foi mas não foi no sentido de eu tive de gravar muitas músicas para ele sabe? Porque se eu vou chamá-lo assim eu quero que ele faça sentido.

Sim, eu estava conversando com alguém sobre isso e falei, Eminem não vai considerar um de seus álbuns um clássico, mas você sabe como as pessoas se sentem sobre o "The Marshall Mathers LP", os críticos em todo nível, é considerado um álbum clássico. É difícil não é? Você considerou a expectativas de nomeá-lo assim, o que significaria para o resto do mundo.
Sim, quando eu descobri a direção que eu estava indo, sabia que eu precisava de certas músicas para poder chama-lo assim, e como disse, para que ele fizesse sentido. Mas eu queria ter certeza que eu tinha as músicas certas. Em outras palavras, eu sabia que, obviamente "Stan" do primeiro "Mathers LP" era um grande assunto, e eu ouvi muita conversa na época do Recovery que eu deveria fazer "Stan 2" ou "porque não faço um Stan 2" e tudo o que eu pensava é "Stan esta morto", sabe. Ele morreu na história. Então no fundo eu tinha uma ideia de quem sobrou na história, mas eu precisava de ter a beat certa e poder-

Fazer isso. Você soube imediatamente que esta seria a beat para ela?
Sim, quando eu ouvi as palavras do refrão. Eu consegui essa beat, essa beat foi enviada para mim. Ja com essas palavras nela. E as vezes para mim, tipo eu gosto de fazer o meu próprio curso mas também foi legal para mim tentar pegar algumas palavras de outras pessoas e interpretar da minha maneira.

[...]
Se eu fosse chamar o álbum assim esse era o tipo de coisa que estava voltando para mim.

É uma incrível beat para o álbum. Você levantou o nível aqui e vamos para Ryme and Reason, amei aquela beat o sample que usou e a referencia de Rick Rubin. Quando foi que teve a ideia de trabalhar com Rick?
Eu sempre fui fã do Rick e meu empresário Paul esteve conversando com ele... e expressou que ele estava com interesse de trabalhar comigo, e quando Paul falou isso comigo eu fiquei muito exitado e honrado pelo fato de ele estar, sabe pensando sobre isso. Sabe, eu tenho as minhas ressalvas porque eu sou um super fã do Rick eu deveria estar muito nervoso, não sabia qual seria a energia porque, sabe, eu iria querer impressona-lo, sabe? Foi o sentimento que eu tive quando conheci o Dre.

Você ja tinha conhecido Rick antes?
Não. Então eu estava nervoso por conhece-lo e ainda mais nervoso de trabalhar com ele.

Como você estava dizendo foi a mesma coisa com o Dre, quando você entrou no estúdio com ele naquela época.
Sim, na minha mente eu ainda tento impressionar o Dre. Até hoje. Mas eu pensava: 'se eu entrar no estúdio com o Rick, e se eu não consegui montar nada? E se..' sabe? Todas essas coisa na minha cabeça, e dai quando eu conheço ele foi tipo... o cara é tão tranquilo que foi fácil. E a energia dele no estúdio é.. eu não sei como dizer...ele tenta de tudo, não tem medo de tentar qualquer coisa. Mesmo se a ideia no começo é estúpida. Sabe, porque muitas ideias no começo, não as minhas claro, as minhas são insanas desde o primeiro momento que penso nelas, mas as vezes ideias não são sempre as melhores.

Não tenha medo de falhar.
Absolutamente. Então quando você diz algo, da margem para outra coisa que pode levar a uma ideia melhor e foi assim que foi. Começamos de pedaços e eu estava tentando falar para ele que eu tinha a ideia, a noção, de que talvez nomearia o álbum "the Marshall Mathers LP2" , mas eu não queria falar nada para ele ainda porque, eu não tinha cem por cento de certeza, e eu queria ter certeza de que eu tinha músicas suficientes para tocar para ele. E que fariam sentido. Então discutimos e... eu amo como o Rick soa quando ele faz hip-hop desde o começo com o Beastie Boys é incrível... e é isso que eu queria chegar. Como se eu estivesse tentando descobrir como eu posso fazer o álbum soar nostálgico mas subliminarmente nostálgico sabe? Para que ele possa lembrar você de talvez, 13 anos atrás, quando me ouviu pela primeira vez, sabe tentamos criar um sentimento com samples, sons e coisas assim. Rick é super talentoso, um mestre em qualquer gênero musical, então do jeito que ele alterava era doido para mim. Mas como eu disse, eu estava esperando ter o que eu consegui dele

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